A rotina do escritório de contabilidade é bem agitada e com isso fica fácil se perder em meio às atividades. Além disso, existem tarefas que exigem concentração devido à sua complexidade. Não importa o tamanho do escritório, é importante ter os processos bem definidos para garantir o desenvolvimento saudável e expandir sua cartela de clientes.  Quer entender o que é o mapeamento de processos e como ele é fundamental para a saúde do seu negócio? Continue a ler o artigo! Boa leitura! 

O que é mapeamento de processos?

É desenhar os processos de uma empresa por meio de fluxogramas. O mapeamento é uma ferramenta utilizada para melhorar a gestão das organizações, independente do tamanho que ela tenha. 

Mapear um processo é entender seu passo a passo e verificar se ele cumpre os seus objetivos. 

Com ele, é possível identificar os caminhos dos processos internos e assim evitar gargalos, aumentar a produtividade e otimizar a entrega ao cliente, pois permite entender de forma prática toda operação da empresa.

O mapeamento faz a identificação e a representação das tarefas de um processo e seu fluxo, descrevendo as atividades e relacionando-as com cada pessoa envolvida, com os materiais necessários para essas tarefas e qual será o resultado dessa execução. 

Muitas vezes as empresas perdem dinheiro e tempo com atividades que não são necessárias, sendo assim importante definir um propósito claro e um objetivo bem definido. 

 

Quais vantagens do mapeamento de processo?

Você já percebeu que com mapeamento do processo a empresa consegue se organizar para crescer, mas vou te mostrar mais motivos: 

  • Melhorar o que já é feito; 
  • Documentar as atividades; 
  • Eliminar processos que não geram valor; 
  • Padronizar as entregas; 
  • Reduzir custos; 
  • Otimizar tempo; 
  • Identificar gargalos;
  • Relacionar as pessoas que fazem parte do processo (funções e tarefas);
  • Facilitar o controle de recursos necessários. 

Além disso, com processos mapeados, é possível ver de forma sistêmica e realista tudo que é feito na empresa. Identificando as dificuldades podemos criar planos de ação para melhorias.  Para isso acontecer, é necessário adotar  metodologias de processos, como, por exemplo, o ciclo PDCA :  Plan (planejar), Do (executar), Check (checar/controlar) e Act (agir).

 

Como fazer mapeamento de processos? 

Seguir o passo a passo é fundamental para o mapeamento funcionar. Seguir uma sequência é a melhor forma de extrair o máximo de informações relevantes e assim conseguir melhorar seus processos, vamos começar? 

homem fazendo mapeamento de processos

1 – Identificar o problema

Para gerir é preciso conhecer. E para isso, é fundamental identificar o problema. 

Qual o objetivo a ser alcançado com esse mapeamento? Qual o problema que está impedindo a empresa de alcançar esses objetivos? 

Cada processo deve contribuir individualmente para que se alcance os objetivos esperados e, os que não contribuírem, devem ser eliminados. Deve-se buscar o entendimento de como cada um deles se relaciona e contribui efetivamente para a cadeia de valor, de maneira a montar uma lista de prioridade entre os processos. Por exemplo: 

– Objetivo: resolver retrabalho 

– Problemas: retrabalho, problemas de comunicação e improdutividade.

 

O importante é que o problema fique claro e que seja o foco a partir de agora.

 

2 – Selecionar o processo

Após identificar a questão crítica, deve-se identificar quais processos impactam nessa questão e possuem ações para resolver. A partir daí, começar a relacionar as ações para a solução desse problema. 

Se você vai fazer pela primeira vez um mapeamento de processo, o ideal é você escolher primeiro um processo pequeno e ir aprendendo com ele, pois se escolher um muito complexo, poderá levar muito tempo e isso poderá te desmotivar e fazer com que você abandone o processo. 

Imagine todo o caminho que esse processo irá percorrer de forma simples para que essa atividade ocorra!  

 

3 – Identificação dos responsáveis 

Tão importante quanto conhecer os processos, é colocar a equipe para fazer parte deles e se engajar, pois nada adianta ter a ferramenta em mãos e os funcionários não colocarem em prática as ações necessárias. 

É necessário identificar as pessoas e as áreas da organização que serão responsáveis por cada atividade. Também é necessário identificar os métodos de trabalho utilizados pelos colaboradores que executam cada tarefa.

É importante que sejam detalhadas as atividades envolvidas no processo e quem hoje está responsável e, se não houver um responsável, fazer essa associação. Além de tudo, definir a qual líder este funcionário se reportará para dar apoio. Por exemplo:

Atividade: Fazer conferência das notas fiscais de entrada

Responsável: Aline Souza

Como executa: Faz o download através da SIEG.

Dessa forma, serão identificadas quais atividades cada membro na equipe está fazendo e se algum deles tem mais atividades que outros. 

Mas, cuidado! Não chegue mapeando processos sem convidar as pessoas a fazer parte desse processo, ou sem ao menos informar o que está acontecendo. Se não houver transparência, possivelmente existirá uma resistência muito grande. 

 

4 – Treinar a equipe mapeamento de processos 

É preciso que todos estejam alinhados. Realize treinamentos e reciclagens periódicas para que todos se mantenham atualizados e para que o trabalho se mantenha uniforme.

Além disso, utilizar a tecnologia ao nosso favor é fundamental! Para isso, é legal implementar softwares para melhoria das atividades, como o sistema da SIEG, que vai facilitar a vida de quem executa tanto a parte fiscal como o departamento pessoal. 

Acompanhe também as atualizações dos sistemas que são utilizados na sua empresa, para ficar a par de eventuais atualizações e melhorias e para que os responsáveis pela sua utilização explorem ao máximo o potencial e as possibilidades desses sistemas.

Siga treinando e conscientizando os funcionários sobre o uso dessas tecnologias para evitar erros e retrabalhos. Lembrando a eles que, quando eles são treinados, estão sendo valorizados, aumentando sua capacidade técnica e sua autonomia.  

 

5 – Construção e documentação do fluxo

Nessa etapa, é fundamental ter em mente a ideia de agrupar e construir um raciocínio lógico e sequenciado das informações, capaz de mostrar todas as partes do processo. 

O seu fluxograma deve ser fiel sobre como os processos estão desenvolvidos pois ele mostrará os erros e também as oportunidades. 

Contenha o impulso de querer resolver logo cada problema que vai aparecer no caminho! Vai haver um momento específico de planejar e executar cada solução. 

Aqui é preciso focar no detalhamento do processo. 

Você pode traçar aqui o ciclo PDCA com as seguintes perguntas: 

  • Quem?
  • O Que?
  • Quando?
  • Como?
  • Onde?
  • Por quê?

Respondendo essas perguntas, você vai encontrar uma maneira de aprimorar o seu processo. Um detalhe importante: se você não consegue responder  por que um determinado trabalho é feito, cuidado! Isso é sinal de que pode estar acontecendo desperdício de tempo.

 

6 – Identificar e analisar os problemas 

Neste passo, serão analisadas as lógicas das tarefas, se existem tarefas redundantes ou se existem atividades desnecessárias. 

É feita a análise dos problemas para identificar a causa de cada um, de forma coletiva, em equipe como um brainstorming, onde os colaboradores vão dando sugestões e os colegas, complementando. 

 

7 – Desenvolver o mapa ideal 

Agora é a hora de melhorar o que está ruim, através das informações levantadas e dos problemas analisados, deverá ser mostrado um processo agora redesenhado. 

Tenha em mente que as mudanças são para o melhor, por isso sempre envolva a equipe no processo para não haver resistência. 

 

8 – Estabelecer medidas de controle mapeamento de processos 

Indicadores de desempenho são a melhor forma de monitorar aquilo que está sendo realizado. Caso contrário, o planejamento inteiro pode ser deixado de lado e não alcançar o objetivo esperado. 

Além de tudo, os indicadores são ferramentas de gestão que devem ser levados com os objetivos gerais da empresa; com seus valores e ideais. 

Assim, além de facilitar a vida na análise dos gestores, os processos mapeados e definidos facilitam na identificação de gargalos, fluxos desnecessários, além disso permitem uma análise da empresa como um todo, visando garantir um ótimo resultado entre os setores de forma interligada.